Pragas

As espécies mais comuns no nosso país são a Blattella germânica (Barata alemã), Periplaneta americana (conhecida no nosso pais por Barata “ africana”) e Blatta orientalis (Barata oriental). vivem e reproduzem-se no interior das instalações cujas condições ambientais são semelhantes ás do seu habitat natural. São olhados como seres objectos e agentes transmissores de doenças, dado que existe correlação entre as baratas e baixos standards de higiene. Este aspecto é ainda mais evidente quando se sabe que as baratas se desenvolvem na rede de esgotos, casas de banho e outros locais com pouca ou nenhuma higiene e sanidade. Estas espécies são omnívoras e necessitam de muito pouco alimento para se manterem vivas. Podem contaminar não só os alimentos, mas também causar estragos em artigos como livros, tapeçarias, peles, quadros, etc. O seu potencial de reprodução é extraordinariamente elevado e uma Blattella germânica, por exemplo, pode originar o aparecimento de cerca de 20.000 a 35.300 novos exemplares num ano. Têm sido encontrados inúmeros exemplares de bactérias nas baratas, sendo por isso responsáveis por vários tipos de doenças, entre os quais as infecções do tracto urinário, Gastroentrites, Desinteria, Diarreia típica do verão Abcessos e outros.

As espécies de murídeos mais comuns no nosso país são o Mus musculus e Mus domesticus (ratinho do campo ou rato doméstico), Rattus norvégicos (Ratazana comum), e Rttus rattus (rato preto ou rato dos navios). Como todos os roedores, estas espécies são omnívoras, quer dizer, podem comer qualquer tipo de alimento. Necessitam de ingerir diariamente cerca de 10% do seu peso em alimentos sólidos e 10% a 20% em líquidos. É possível, por isso, a ocorrência de graves prejuízos económicos devido a sua presença nas instalações. São habitualmente nocturnos e só são vistos durante o dia quando o grau de infestação é muito grave. Um casal de ratinhos domésticos pode originar num ano cerca de 2000 novos indivíduos, enquanto que um casal de ratazanas ou de ratos pretos podem originar no mesmo período cerca de 200 novos indivíduos. São muitas as doenças que podem ser transmitidas pelos Murídeos. As mais comuns são as infecções intestinais por Salmonelas, a Leptospirose(Doençs de Weil), a Tnquinose e a Peste negra.

Existem mais de 60.000 espécies de moscas, pertencem à ordem dos dípteros e são dos insectos mais evoluídos, variam muito de forma e hábitos. Algumas são predadoras, muitas vivem de néctar ou de matérias em decomposição em quanto que outras se alimentam de sangue dos vertebrados. Passam por quatro fases de desenvolvimento; ovo, larva, pupa e adulto. Em condições ambientais favoráveis podem reproduzir-se todo ano. As moscas são veículos transmissores de doenças, já que são atraídas pelas fezes que podem estar infectadas. As bactérias, ao aderirem as ventosas das patas das moscas são depois transportadas para os alimentos provocando a sua contaminação. As moscas podem também regurgitar saliva contendo agentes infecciosos e as suas fezes podem também contaminar os alimentos. Em regiões temperadas, as doenças mais comuns transmitidas pelas moscas são as diarreias das crianças no período do verão, a contaminação dos alimentos por Salmonelas e a desinteria por shigella. Espécies mais comuns: · Musca Domestica – Mosca caseira · Calliphora, lucília e sarcophaga – Mosca da carne · Fannia cannicularis – Mosca doméstica pequena.

Insecto Heminoptero com cerca de 3 mm que constrói os formigueiros nos exteriores (às vezes debaixo dos edifícios) e procuram alimentos nos interiores. Estes insectos vivem em colónias, nas quais existe uma fêmea fértil a rainha, que é fecundada pelos machos. São as obreiras (fêmeas estéreis) que cuidam das crias. Tem a responsabilidade de procurar os alimentos e levá-los ao formigueiro. Uma característica especial deste tio de formigas é a reprodução no final do verão de formas voadoras pela altura do voo nupcial. Uma vez consumado o acasalamento, constroem um novo formigueiro. Alimentam-se preferencialmente substâncias doces, proteínas, gorduras e também pequenas moscas e também outros insectos semelhantes. Têm o sentido do olfacto muito bem desenvolvido. São uma das pragas mais persistentes.

Destruidora oculta que procria no subsolo das estruturas de instalações domesticas, comerciais e industriais. As térmitas subterrâneas são facilmente ignoradas, mas esta atitude é perigosa porque podem provocar prejuízos financeiros. As térmitas têm destruído edifícios ao longo de milhares de anos, sem considerações pela idade e condição. A maior parte das estruturas pode ser atacada pelas térmitas. O seu alimento preferido é a madeira não tratada. Uma colónia de térmitas subterrâneas é, de todas uma das mais sofisticadas sociedades de insectos, e uma das mais perigosas. Esta sociedade tem obreiras ou operários que providenciam a alimentação, soldados que protegem a termiteira e a rainha que, pode por 20.000 ovos por dia. Esta é uma formidável armada com que nos confrontamos, as obreiras e os soldados podem penetrar por pequenos orifícios. Mesmo no betão, para causarem graves destruições nos interiores das construções. A solução para esta ameaça é fazer o tratamento da área onde irá assentar o edifício, antes da construção dos alicerces do mesmo, ou de tratar logo que o problema e identificado. Soalhos de madeira, paredes, barrotes, traves, madeira de terraços e degraus de escadas estão ao dispor do poder de ataque das térmitas subterrâneas. Usando finas partículas do solo as obreiras constroem numerosos túneis para se protegerem e abrirem os seus caminhos através de fendas na alvenaria e tijolos. Não se alimentam apenas em sua casa algumas também lá vivem.